Nesta quinta-feira, 22 de maio, o Casarão da Memória Antônio Marques Figueira em Suzano comemora 140 anos de existência. O edifício histórico, que passou por uma revitalização completa pela Prefeitura de Suzano em 2020, durante a gestão do ex-prefeito Rodrigo Ashiuchi, tornou-se um importante centro de preservação da história local e de promoção cultural, recebendo desde então mais de 10 mil visitantes.
Inaugurado em 22 de maio de 1885, o prédio está aberto para visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. Sua história está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento urbano de Suzano, marcando o início da formação da cidade.
Revitalização e Acessibilidade
A Prefeitura iniciou o processo de revitalização do imóvel em 2018, com um investimento de R$ 210 mil em melhorias estruturais e na modernização dos sistemas elétrico e hidráulico. A reinauguração ocorreu em 26 de setembro de 2021, com o cuidado de preservar a originalidade do prédio, reconhecendo-o como parte fundamental da história local.
Durante as obras, foram implementadas diversas adequações para garantir a acessibilidade do espaço, como portas amplas, um elevador e piso podotátil. Além disso, o Casarão oferece intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) e uma sala equipada com audiodescrição, assegurando que todos os visitantes possam ter acesso ao conteúdo.
Do Lar de um Pioneiro a Centro Cultural
Embora hoje seja um vibrante centro cultural e turístico, o Casarão foi originalmente a residência de Antônio Marques Figueira, um dos primeiros habitantes de Suzano. A chegada de Figueira à região e o consequente estabelecimento de outros trabalhadores ao seu redor deram origem a uma pequena comunidade que, 63 anos depois, se transformaria em uma das maiores cidades do Alto Tietê.
Atualmente, o Casarão da Memória possui sete salas temáticas que exibem objetos históricos, reproduções de documentos, fotografias e iconografias que narram o processo histórico do município. O espaço também é palco de festivais, exposições, workshops, feiras de artesanato, eventos musicais e abriga diversos acervos culturais. Para pesquisa, dispõe de uma biblioteca e um laboratório de digitalização.
A programação semanal inclui a oficina “Bordando Histórias” às terças-feiras, o “Almoço Italiano” com macarronada às quintas-feiras (do meio-dia às 14h), e o “Almoço Japonês” na segunda quarta-feira de cada mês, no mesmo horário. O museu também oferece visitas noturnas para grupos acadêmicos, mediante agendamento prévio pelo telefone (11) 4748-6949.
Valorizando a Memória e o Futuro
Rita Paiva, diretora do Casarão, ressaltou a importância da revitalização e conservação do local: “O prédio é muito mais que um imóvel: é um lugar de transmissão de cultura, de amor e de cuidado. Proporcionar um ambiente como esse é de extrema importância para a cidade. Antes da revitalização, nós não tínhamos um lugar para contar a nossa história e mostrar como Suzano surgiu e evoluiu ao longo do tempo”.
José Luiz Spitti, secretário da pasta, destacou a relevância de manter as memórias vivas para as futuras gerações. “Entender a nossa história é manter Suzano sempre viva, e a revitalização do Casarão da Memória é um exemplo claro disso. Agradeço ao prefeito Pedro Ishi, pelo compromisso com a nossa história e por acreditar na importância da cultura. Agradeço também a todos que contribuíram para tornar essa revitalização possível, entre eles o nosso sempre prefeito Rodrigo Ashiuchi. Cada detalhe reflete o cuidado e o respeito pelo passado da nossa cidade”, salientou.
O prefeito Pedro Ishi também celebrou o aniversário do imóvel, enfatizando a diversidade cultural de Suzano. “Suzano é formada por diversas nacionalidades, de pessoas que vieram de vários Estados brasileiros, e ajudaram a construir nossa cultura, nossa forma de pensar, e isso tem que ser preservado porque é a nossa história que está sendo contada. Parabenizo à Rita Paiva e ao José Spitti por nos ajudar a passar essa narrativa adiante por meio da cultura, gastronomia e outras artes. E meu agradecimento ao sempre prefeito Rodrigo Ashiuchi, que entendeu essa necessidade e ajudou a promover o que o Casarão Antônio Marques Figueira é hoje”, concluiu o chefe do Poder Executivo municipal.
Crédito das fotos: Wanderley Costa/Secop Suzano