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Mogi das Cruzes

Pró-Criança de Mogi das Cruzes Atende Alta Demanda Regional e Reforça Apelo por Mais Leitos de UTI

Um levantamento recente da Secretaria de Saúde e Bem-estar de Mogi das Cruzes, realizado entre 1º e 24 de junho, acende um alerta sobre a demanda de atendimento pediátrico na região. Dos 5.604 pacientes atendidos no Pró-Criança, localizado no Mogilar, cerca de 20% são moradores de outras cidades, totalizando 984 crianças de fora do município. A maioria dessas crianças é proveniente de Suzano (296), Biritiba Mirim (244), Poá (94), Ferraz de Vasconcelos (88), Itaquaquecetuba (87) e Salesópolis (70).

Essa realidade se intensifica em períodos de maior procura, como o atual, marcado pelos picos de doenças respiratórias. A coordenadora de Enfermagem do Pró-Criança, Tatiana Melo, aponta que a falta de leitos de internação faz com que a unidade funcione como uma “mini-internação”, com pacientes permanecendo muito além do ideal. “A unidade acaba funcionando como mini-internação, quando deveria ser um Pronto Atendimento. Os pais e responsáveis por crianças vindas de outras cidades avaliam que a assistência oferecida aqui é melhor e apresenta maior resolutividade do que nas suas cidades de origem”, explica Melo, citando que muitos ficam na observação de três a quatro dias, quando o máximo deveria ser 24 horas.

Um exemplo claro dessa sobrecarga foi visto em 23 de junho, quando, das seis crianças internadas no setor de Observação do Pró-Criança, quatro eram pacientes regulados pelo Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo (Siresp) e moravam fora de Mogi das Cruzes – três de Suzano e um de Salesópolis. Apenas dois pacientes daquela data eram de Mogi. Esses números ressaltam a urgência de ampliação do serviço de atendimento pediátrico nas demais cidades da região.


Apelo por Mais Leitos no Hospital Luzia de Pinho Melo

Diante desse cenário, a secretária municipal de Saúde e Bem-Estar, Rebeca Barufi, enfatizou a necessidade do apoio do Governo do Estado. Um ofício já foi entregue à Secretaria de Estado da Saúde solicitando a ampliação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Luzia de Pinho Melo, que é referência para casos graves em todo o Alto Tietê e outras regiões.

“O aumento da procura por atendimentos pediátricos não é um fenômeno isolado de Mogi das Cruzes, mas sim um reflexo da situação de saúde de toda a região do Alto Tietê. A ampliação do número de leitos de UTI Pediátrica no Hospital Luzia de Pinho Melo é uma medida essencial para garantir um atendimento de qualidade para as crianças da cidade e dos municípios vizinhos. Pedimos ao Governo do Estado que atenda a essa necessidade urgente, que se reflete diretamente na vida das nossas crianças”, destacou Rebeca Barufi.

O vice-prefeito Téo Cusatis reforçou a justificativa para o pedido de mais leitos de UTI, apontando a elevação da demanda por atendimentos de urgência e emergência, especialmente na pediatria, devido à maior incidência de doenças respiratórias típicas desta época do ano. A Prefeitura Municipal encaminhou ao Governo do Estado de São Paulo a solicitação para um estudo técnico visando a implantação de 30 leitos de UTI no Hospital Luzia, sendo 20 adultos e 10 pediátricos.


UPAs Sob Pressão e a Realidade das “Vagas Zero”

A sobrecarga não se restringe ao Pró-Criança. A Secretaria Municipal de Saúde de Mogi informou que, nos primeiros quatro meses de 2025, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade realizaram 217.109 atendimentos. Desses, 1.007 foram casos graves que exigiram estabilização imediata e suporte intensivo. No mesmo período, 3.509 pacientes permaneceram em observação prolongada nas UPAs, com tempo médio de permanência de quase 13 horas, o que evidencia o uso inadequado dessas unidades para internações que deveriam ocorrer em ambiente hospitalar.

A situação é ainda mais crítica com o registro de 1.778 casos que necessitaram de regulação para transferência hospitalar, sendo 683 classificados como “vaga zero” – pacientes em estado crítico com necessidade de leito de UTI imediato, mas sem disponibilidade na rede pública. Mesmo com sua capacidade já comprometida, o Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo recebeu 58,33% dessas transferências, reafirmando seu papel estratégico, mas também a pressão que sofre.

A demanda crescente e a falta de leitos adequados na região evidenciam um gargalo na saúde pública que exige uma resposta urgente e coordenada entre os municípios e o Governo do Estado para garantir a dignidade e a qualidade no atendimento às crianças e à população em geral.

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