Washington Elias Reliquias de Souza Sarmento recebeu pena de 42 anos por assassinar e ocultar os corpos de dois jovens; companheira foi condenada por ajudar a esconder os cadáveres.
O Tribunal do Júri de Birigui, no interior de São Paulo, proferiu a sentença para o caso de duplo homicídio ocorrido em novembro de 2023. Washington Elias Reliquias de Souza Sarmento, de 31 anos, foi condenado a mais de 40 anos de prisão pelos crimes de duplo homicídio qualificado por meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas, além de ocultação de cadáver.
Sua companheira, Kathlen da Silva Ferreira, de 26 anos, também foi condenada a uma pena menor, de um ano e quatro meses, por ter ajudado ativamente a esconder os corpos após os assassinatos.
O Crime e a Ocultação
O crime aconteceu na madrugada de 23 de novembro de 2023, na residência dos condenados. As vítimas, uma mulher de 22 anos e um homem de 21, foram encontradas mortas no imóvel no dia seguinte.
A investigação policial indicou que os quatro indivíduos passaram a noite consumindo bebidas alcoólicas, usando drogas e mantendo relações sexuais. Em depoimento, Kathlen alegou ter sido abusada sexualmente pelo homem, o que teria motivado Washington a cometer o assassinato. A jovem de 21 anos teria sido morta em seguida, ao tentar ligar para a polícia pedindo socorro.
Os corpos foram ocultados no interior da residência, sendo enrolados em um lençol e escondidos embaixo de um colchão. Após o crime, o casal fugiu do país, mas foi localizado e capturado no Paraguai e, posteriormente, extraditado para o Brasil para responder ao processo.
Descarte da Legítima Defesa
Apesar da alegação de abuso e da suposta motivação apresentada pelo casal, o Ministério Público encontrou diversas divergências nos depoimentos, o que levou ao descarte da hipótese de legítima defesa.
A investigação concluiu que Kathlen não participou diretamente dos assassinatos, mas teve participação comprovada na ocultação dos cadáveres, justificando a pena mais branda.
Até o momento, Washington permanece preso em Lavínia, interior de São Paulo, enquanto Kathlen respondia ao processo em liberdade.
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