Homem estava foragido desde janeiro após ser apontado como responsável pela morte do sócio, Vinicius Martins, e de um paciente em unidade de reabilitação. Motivação seria desentendimento financeiro e irregularidades.
A Polícia Civil prendeu, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o suspeito de matar o sócio e um paciente em uma clínica de reabilitação de dependentes químicos em Suzano (SP). O homem estava foragido desde janeiro e, segundo as investigações, fugiu para o Rio de Janeiro logo após o crime.
O suspeito foi encaminhado à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e deve ser transferido em breve para São Paulo, onde responderá pelo duplo assassinato.
Relembre o Caso
O crime, que chocou a região do Alto Tietê, ocorreu no dia 2 de janeiro de 2025. As investigações conduzidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Mogi das Cruzes apontaram que o suspeito, que administrava diversas clínicas de recuperação, tornou-se sócio de Vinicius Martins, que geria a unidade de Suzano.
O relacionamento entre os dois, no entanto, deteriorou-se rapidamente devido a questões financeiras e suspeitas de irregularidades na gestão.
O Dia do Crime
Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada com a informação de que duas pessoas encapuzadas haviam entrado na clínica e atirado nas vítimas.
- Uma funcionária relatou à polícia ter sido acordada por outro interno, que a informou ter visto um homem encapuzado e armado rendendo o segurança.
- O vigia teria sido forçado a levar os suspeitos até um quarto nos fundos do terreno, onde as vítimas estavam.
Após o duplo homicídio, o interno e o vigia deixaram a clínica. A funcionária também informou que as câmeras de segurança estavam instaladas apenas na área administrativa.
A Motivação Financeira
O padrasto de Vinicius Martins confirmou à polícia que seu enteado havia assumido a clínica após a proposta de sociedade do outro proprietário, mas que enfrentava sérios problemas financeiros, incluindo dívidas e ameaças relacionadas a cobranças.
Martins chegou a entregar um carro para quitar parte das dívidas e alterou a gestão financeira do local para sua própria conta, o que intensificou os desentendimentos e as ameaças com o então sócio.
As investigações do DHPP de Mogi das Cruzes, que requisitaram perícia no local e necropsia das vítimas, já trabalhavam com a forte suspeita de motivação financeira e possível envolvimento do suspeito e de terceiros ligados à gestão e às dívidas da clínica.


